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PSOL protocola pedido de impeachment contra Temer
29 de novembro de 2016 18:29
PSOL protocola pedido de impeachment contra Temer

A bancada do PSOL protocolou ontem, na SecretariaGeral da Mesa da Câmara, pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) por crime de responsabilidade no caso de suposto tráfico de influência envolvendo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que deixou o cargo na semana passada. Para dirigentes do partido, Temer “ameaçou” o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para que atuasse para liberar a construção de um prédio de luxo em área nobre de Salvador, onde Geddel tem um apartamento comprado na planta. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado do governo, decidir se aceita ou arquiva o pedido do PSOL. O pedido de impeachment é assinado pelo presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, e foi anunciado pelo líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), pelos deputados Glauber Braga (RJ), Luiza Erundina (SP) e Jean Wyllys e por Luciana Genro (RS). “Geddel praticou crime de tráfico de influência e o seu superior, o presidente da República, em vez de demiti-lo e reprimir essa ação, foi condescendente com essa ação”, afirmou Ivan Valente. O deputado disse que Temer incorreu em crime de responsabilidade por vários motivos, sendo um deles ao atentar contra o patrimônio cultural e ao ferir o princípio da impessoalidade e da moralidade. Segundo Valente, o interesse privado do ex-ministro da articulação política do governo se transformou em um “problema da cúpula do governo”. “O interesse privado do ministro Geddel Vieira Lima, um apartamento de luxo em Salvador, vira o problema de toda a cúpula de governo. Ou seja, pediu a um ministro que desse uma saída política para o caso de um apartamento que não poderia ter mais de 13 andares”, afirmou o líder do PSOL. Para Valente, Temer advogou em favor de Geddel e pressionou Calero para que resolvesse o parecer do Iphan de forma a beneficiar o ex-ministro da Secretaria de Governo. “O presidente da República assumiu o risco de advogar na causa de seu ministro e, para isso, pressionou e de certa forma ameaçou o ex-ministro Marcelo Calero, que se recusou a rever o parecer do Iphan.” O documento, protocolado ontem na Câmara, diz que Temer “patrocinou interesse privado perante a administração pública, valendo-se de sua qualidade de chefe do Poder Executivo para perpetrar o ato criminoso”. Ivan Valente disse ainda que há indícios “concretos” de que o presidente praticou crime de responsabilidade e de que Rodrigo Maia será alvo de “imenso desgaste” se não analisar com calma o pedido protocolado pela legenda. “Será um imenso desgaste político se ele engavetar sem uma análise profunda.” Os deputados também fazem um pedido para que sejam arroladas 13 testemunhas envolvidas no imbróglio, entre elas, Calero e Geddel; o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; o expresidente da OAS Léo Pinheiro; e a advogada-geral da União, Grace Mendonça.


Correio do Estado






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