Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul avançou 2,6% entre 2013 e 2014 e passou de R$ 69,203 bilhões para R$ 78,950 bilhões no Estado, superando a média de crescimento do PIB nacional, de 0,5%. Classificado como a 16º economia do ranking brasileiro, o Estado ficou entre as 23 unidades da federação que registraram acréscimo na soma das riquezas produzidas no período, de acordo com o estudo Contas Regionais do Brasil 2010-2014, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB nacional ficou em R$ 5,77 trilhões em 2014, contra R$ 5,33 trilhões no ano anterior. O levantamento aponta ainda que a participação do Estado no PIB nacional cresceu 0,1 ponto porcentual entre 2010 e 2014, mesmo resultado apresentado pelos Estados do Ceará, Maranhão, Goiás, Piauí e Paraíba. O Estado que mais ganhou participação em relação a 2010 foi o Mato Grosso, com 0,3 ponto percentual. Logo após aparecem Santa Catarina, Paraná e Pernambuco, que ganharam 0,2 ponto percentual no período. Já dentre as unidades da federação que tiveram maior perda, São Paulo foi a que encabeçou o ranking (-2,7 p.p.), em função da queda na participação em quase todas as atividades no período: indústria (-6,4 pontos percentuais), serviços (-1,5 p.p.) e agropecuária (-6,4 p.p.), conforme o IBGE. Completam a lista de decréscimos Rio de Janeiro (-0,8 p.p.), Rio Grande do Sul (-0,4 p.p.), Distrito Federal (-0,2 p.p.), Bahia (-0,1 p.p.), Alagoas (-0,1 p.p.) e Sergipe (-0,1 p.p.). Segundo o IBGE, cinco estados responderam por quase dois terços do PIB do país em 2014: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Considerando o período 2013-2014, os estados que mais cresceram foram Tocantins (6,2%), Piauí (5,3%), Alagoas (4,8%), Acre e Mato Grosso (4,4%, ambos), enquanto Paraná (-1,5%), São Paulo (-1,4%), Minas Gerais (-0,7%) e Rio Grande do Sul (-0,3%) recuaram. PIB per capita O PIB per capita do País em 2014 foi de R$ 28.500,24 e o de Mato Grosso do Sul ficou em R$ 30.137,58, avanço de 5,74% em relação ao valor de 2013. Entre as 27 unidades da federação, o líder continua sendo o Distrito Federal (R$ 69.216,80), seguido por São Paulo (R$ 42.197,87) e Rio de Janeiro (R$ 40.767,26). SETORES O melhor desempenho na taxa de crescimento da economia estadual em 2014 foi obtido pelo setor primário, que avançou 6,1% em relação ao ano anterior. O destaque ficou com a agricultura, que teve uma variação real de 10,7%, influenciada pelo bom desempenho nas lavouras de soja e milho que ampliaram o volume produzido em 9,7% e 8,9% respectivamente. A produção florestal também se destacou, obtendo um aumento de 8,2% no ano no seu valor adicionado. No conjunto das atividades industriais que compreendem o setor secundário, embora a indústria de transformação tenha crescido 1,0% no ano, o setor como um todo teve desempenho negativo de -0,7%, a maior queda ocorreu no setor da construção civil com crescimento negativo de 3,5% em 2014, afetando tanto a construção de obras realizada pelas empresas – obras de infraestrutura e edifícios – e também a construção das famílias. Já o setor terciário cresceu 2,6% puxado pelas atividades de educação e saúde mercantil com 9,0%, artes, cultura, esportes e outros serviços às famílias com 8,3%.