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Governo vai priorizar logística para ter mais competitividade
10 de outubro de 2017 15:38
Governo vai priorizar logística para ter mais competitividade

Após quarenta anos de criação, Mato Grosso do Sul deixou para trás o perfil de Estado agropecuário para diversificar seu portfólio de produtos para exportação, mas ainda enfrenta gargalos importantes em logística. A recuperação da malha oeste ferroviária, possibilitando a expansão do escoamento pelos principais portos fluviais do Estado (Porto Murtinho, Corumbá e Ladário) e o “destravamento” da Hidrovia Tietê-Paraná estão entre as apostas do governo do Estado para dinamizar a competitividade em cenário de médio e longo prazo. O balanço foi realizado ontem pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante coletiva de imprensa em que foram apresentados indicadores sobre a evolução do Estado em 40 anos de criação. Se na década de 80, o Estado era conhecido pelo binô- mio “soja e boi”, destacou o governador, hoje a base econômica sul-mato-grossense se destaca pela diversificação, com um portfólio que dispõe de 12 produtos, abrangendo do setor sucroenergético ao minério, celulose e fabricação de papel. “Diversificamos e ganhamos mercado, mas não queremos ser um exportador de grãos. Queremos ser exportadores de proteínas, energia, fibras e produtos com valor agregado”, completou. No entanto, essa evolução esbarra no problema de logística. Azambuja declarou que houve um “apagão” de logística durante as décadas de governo petista, em que as políticas de concessão ficaram travadas. “Quando foi para implantar essas políticas, em 2013 e 2014, veio a maior crise da história do nosso País e hoje estamos correndo contra o tempo”. Apesar deste “atraso”, o governador tem visão otimista sobre o assunto. “Vejo eixos estruturais favoráveis aqui para o Estado. A Hidrovia do Rio Paraguai, a reabertura da hidrovia do Paraná, o eixo oeste da nossa malha ferroviária e, principalmente, a Rota Bioceânica que, a médio prazo, será a grande tacada para o desenvolvimento não só de MS, mas do Centro-Oeste”, enfatizou.

DESAFIOS

Dentre as principais demandas por logística de MS para o futuro, o governador elegeu como prioritária, a médio e longo prazo, a recuperação da malha oeste. “Corumbá/Três Lagoas/Três Lagoas/Porto de Santos, porque é uma ferrovia existente e o ramal que liga Ponta Porã. Isso possibilitaria a gente ter uma competitividade já com uma ferrovia; e a Ferroeste, Dourados/Cascavel/ Cascavel/Paranaguá. Porque aí nós ficaríamos com dois modais ferroviários existentes e podendo levar o escoamento das nossas riquezas, principalmente a expansãodos portos fluviais de Porto Murtinho, Corumbá e Ladário, e esse é um grande ativo que nós temos para tirar essas riquezas”, explicou. Também é considerada estratégica a utilização da Hidrovia Paraná-Tietê. “Embora tenha ficado 12 meses paralisada, quando da baixa do reservatório, agora, com os investimentos federais e do governo de São Paulo, ela vai ser perene. Então você vai ter uma hidrovia que por 12 meses possibilita o transporte de riquezas e de importações e exportações de produtos”, avalia o governador. O montante de investimentos necessários para colocar em operação estas obras não foi divulgado, mas segundo o governador, há cenário favorável para a viabilidade dos empreendimentos. “Eu enxergo que avançar os programas de concessões federais, aí as rodovias e ferrovias federais, é extremamente importante, já tem um ambiente para o desenvolvimento disso. A rota bioceânica, tanto rodoviária como ferroviária, é mais uma alternativa e que vai se estabelecer, que já tem a possibilidade, recursos disponíveis nos países que terão que fazer infraestrutura, principalmente o Paraguai e a ligação ferroviária que se desenha através da Bolívia. E é extremamente saudável para um médio e longo prazo e principalmente a retomada dos investimentos”, comentou. Além de Azambuja, participaram da coletiva o secretário de Estado de Governo, Eduardo Riedel; o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck; e o secretário estadual de Cultura e Cidadania, Athayde Nery


Correio do Estado






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