Montante obtido com vendas externas dos sete principais
produtos do Estado aumentou 16,1%
Favorecida pelo desempenho positivo dos sete principais
produtos vendidos para o exterior, receita de exportações de Mato Grosso do Sul
teve crescimento de 16,14% de janeiro a novembro deste ano na comparação com o
mesmo período do ano passado e fechou em US$ 4,440 bilhões, maior montante para
o mesmo intervalo desde 2014, quando alcançou US$ 4,900 bilhões.
Conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior
e Serviços (Mdic), o volume de mercadorias e produtos comercializados também
registrou recuperação em relação ao ano passado (+10,43%), passando de 12,876
milhões de toneladas para 14,221 milhões de toneladas. Responsável por 29,56%
da receita de exportações do Estado neste ano, a soja rendeu US$ 1,321 bilhão,
montante 24,51% superior ao de igual período do ano passado, de US$ 1,054
bilhão. O volume da oleaginosa sul-mato-grossense comercializado para fora do
País também saltou de 2,892 milhões de toneladas para 3,509 milhões de
toneladas (+21,32%).
O grão foi o principal produto exportado para a China (ao
todo, foram 2,838 milhões de toneladas enviados para o país asiático, gerando
receita de exportações de US$ 1,070 bilhão). Principal parceira comercial do
Estado, a China comprou outros 14 produtos de Mato Grosso do Sul, gerando
faturamento total de US$ 1,563 bilhão de janeiro a novembro para Mato Grosso do
Sul (ou 69,66% das exportações do período). Com receita bem menor, aparecem
como principais países exportadores a Argentina (US$ 215,112 milhões), Itália
(US$ 163,492 milhões), Hong Kong (US$ 147,339 milhões), Países Baixos
(Holanda), com US$ 136,395 milhões; e Japão, com US$ 105,537 milhões.
Outros produtos
Além da soja, também registraram resultado positivo em
vendas para o exterior a celulose, com 20,79% de participação nas exportações;
e o açúcar, responsável por 10,74% da receita no comércio com outros países. No
caso do insumo, o crescimento em receita foi de 4,60% neste ano em relação a
2016 e o montante fechou em US$ 923,332 milhões, frente a US$ 882,751 milhões
no ano passado. Também houve incremento no volume embarcado, de 2,178 milhões
para 2,273 milhões de toneladas (4,39%).
Já o derivado de cana- de-açúcar apresentou aumento mais
expressivo e saiu de US$ 385,8 milhões para US$ 477 milhões (23,63%), o mesmo
ocorrendo quanto ao produto enviado ao exterior, que cresceu 17,14%, passando
de 1,112 milhão para 1,302 milhão de toneladas.
Para a carne bovina (com 7,47% de participação), o acumulado
das exportações aponta para uma recuperação, depois de um primeiro semestre de
incertezas para o setor. Houve avanço de 32,60% na receita com as carnes
desossadas congeladas — de US$ 250,233 milhões, em 2016, para US$ 323,046
milhões, até novembro deste ano. O volume de cortes embarcados subiu 23,54%, de
67,013 mil para 82,788 mil toneladas.
Ainda conforme os dados do Mdic, a receita com exportações
do frango produzido em Mato Grosso do Sul aumentou 27,93% (de US$ 201,242
milhões para 257,474 milhões) e a quantidade de produto comercializado cresceu
9,52% (de 121,166 mil toneladas para 132,702 mil toneladas). Mesmo apresentando
o menor aumento porcentual (de 6,25%), o milho também registrou desempenho
positivo e fechou o acumulado até novembro com receita de exportações em alta:
o montante alcançou US$ 323,056 milhões, diante de US$ 304,035 milhões em 2016.
O volume embarcado está em 2,111 milhões de toneladas, 14,14% superior aos
1,844 milhão do ano passado. Já o minério de ferro apresentou crescimento de
37,75% na receita com exportações, saindo de US$ 84,234 milhões para US$
116,033 milhões. O avanço no volume de produto enviado ao exterior foi de
9,28%, passando de 3,259 milhões para 3,561 milhões de toneladas no período
comparado.