A indicação do senador Waldemir Moka (MDB-MS) para
relator-geral da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional deve ser
formalizada hoje pelo presidente do Senado, Eunício de Oliveira (MDB-CE). A
líder da bancada do partido, Simone Tebet (MS), teve de bater de frente com o
presidente nacional do MDB e líder do governo, Romero Jucá (RR), que preferia
outro nome para relatar o Orçamento de 2019. Com Moka na relatoria, a expectativa
é de que Mato Grosso do Sul assegure maior fatia de recursos para investimentos
em 2019. “Como eu indiquei, não precisa de votação nem retificação.
Não pude deixar de indicar um sul-mato-grossense para essa
relatoria, pois mexe com todos os impostos pagos pela população”, explica.
“Moka tem todas as condições para atender essa relatoria, pois ele está no fim
de primeiro mandato, tem competência para o cargo”, afirmou Simone. O senador
Romero Jucá defendeu a indicação de Raimundo Lyra (PB) para a relatoria. Antes
de transferir o cargo de líder para Simone, Lyra teria protocolado ofício à
Mesa Diretora do Senado com seu nome para relator do Orçamento. Antes de
Eunício ler a indicação de Lyra, Simone pediu a substituição sob protesto de
Jucá.
“Eu aceitei o cargo de líder para mudar e não para fazer
igual. O poder não deve ficar na mão de uma ou duas pessoas”, declara. A
senadora acredita que, com Moka como relator, Mato Grosso do Sul ganha em
relação a investimentos. “Falando de logística, processos que impactam a
economia do Estado, só temos a ganhar. Temos ferrovias para fazer. A ponte de
Porto Murtinho, que é fundamental e custa R$ 100 milhões, já liberamos R$ 50
milhões, vamos precisar um pouco mais para o ano que vem”, cita. A parlamentar
disse ainda que, por pior que seja o momento de crise, o Orçamento que é
vinculante precisa ser executado. “É um poder grande para o senador, pois ele
estará em contato com o presidente [da República], que deverá ser eleito em
outubro deste ano”, afirmou. A função é especialmente importante este ano
porque o relator-geral do Orçamento ajudará a desenhar os gastos orçamentários
para 2019, primeiro ano de mandato do próximo presidente da República. A função
é essencial para a distribuição de recursos federais a todas as unidades da
Federação.