Iniciado em 1987, o movimento contra
os manicômios definiu a data de 18 de maio como o Dia Nacional da Luta
Antimanicomial
As
ações de rotina da equipe do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II,
coordenada pela psicóloga Patrícia Azambuja Alvarenga, tiveram um foco
diferenciado, nesta sexta-feira, 18 de maio.
Para
a equipe e para todas as pessoas e suas respectivas famílias, atendidas nessa
unidade da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas, o dia 18 de
maio, assim como ocorre em todo o País, é comemorado o Dia Nacional da Luta
Antimanicomial.
Esse
movimento, iniciado em 1987, se caracteriza pela defesa dos direitos das
pessoas com sofrimento mental. Entre as principais ações de atenção
psicossocial, levando em consideração a dignidade da pessoa humana, está o
combate à ideia de que se deve isolar as pessoas com algum tipo de doença
mental, como observou a enfermeira Patrícia.
Para
isso, a equipe do CAPS – II partilha do mesmo princípio adotado e defendido
pelo Movimento de Luta Antimanicomial, que diz: “Trancar Não É Tratar”. Por
essa razão, o Movimento “faz lembrar que, como todo cidadão, estas pessoas têm
o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do
direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de
seu lugar de cidadãos”.
Para
marcar a data, a equipe do CAPS – II recebeu os pacientes de forma alegre e
colorida, com café da manhã especial e com todo o ambiente decorado.
Na
oportunidade, a equipe do CAPS – II recebeu também a visita dos autores do
livro “O Capa-Branca”, Daniel Navarro Sonim e Walter Farias.
No
livro “O Capa-Branca”, o jornalista Daniel Navarro Sonim reuniu, a partir de
manuscritos e entrevistas, as experiências de vida de Walter Farias,
ex-funcionário que se transformou em paciente do Complexo Psiquiátrico do
Juquery, na década de 1970.