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MS quer ser o nº 1 em florestas
21 de maio de 2018 11:17
MS quer ser o nº 1 em florestas
Mato Grosso do Sul tem, atualmente, a segunda maior floresta plantada do País em área, perdendo apenas para Minas Gerais, e caminha para assumir a liderança no setor. A chegada das indústrias de celulose na região de Três Lagoas impulsionou a atividade: são 1,091 milhão de hectares plantados com eucalipto, outros 21 mil ha de seringais e mais 7,5 mil ha com pínus, conforme o último levantamento disponível.  Diante desta importância do segmento, foi reativada na semana passada a Câmara Setorial de Floresta, com a presença de empresários ligados a entidades de classe e representantes de instituições e órgãos públicos estaduais. O secretário Jaime Verruck falou da importância crescente do setor para a economia, podendo levar o Estado a ter a maior floresta plantada do País nos próximos anos, e que na mesma proporção vêm os desafios e as demandas que precisam ser enfrentados. A Câmara foi reativada com a participação de importantes entidades e instituições, como o Sindicato da Indústria de Carvão, a Embrapa, o Ibama, a Famasul, Associação de Produtores de Borracha, Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas (Reflore-MS) e Imasul, empresas de consultoria e outras associações ligadas ao setor florestal. Para presidir a Câmara, foi eleito por unanimidade o presidente da Reflore-MS, Moacir Reis, enquanto na Secretaria Executiva ficou Francisco Pacca, da Semagro. Câmara Técnica Nesta primeira reunião foi criada, ainda, uma câmara técnica para discutir a viabilidade de aproveitamento do material lenhoso disponível no Estado, proveniente de autorizações de supressão vegetal, mas que, em razão de uma série de entraves legais, não pode ser transformado em carvão, seu destino mais apropriado. Estima-se que nos últimos cinco anos 11 mil metros cúbicos de material lenhoso tenham sido disponibilizados no Estado e aguardam uma definição para aproveitamento. A Câmara Técnica, composta de sete membros da Câmara Setorial de Floresta, vai levantar esse problema, estudar e propor soluções. “Hoje, a fabricação de celulose consome cerca de 500 mil hectares de florestas de eucalipto, metade da área plantada no Estado. Temos terras ainda com preço bom, temos chuvas bem distribuídas no Estado, temos logística e uma política ambiental favorável, o licenciamento simplificado, que oferece rapidez e eficiência”, explica Moacir Reis. Para ele, o setor precisa caminhar sozinho e a criação da Câmara é um passo importante nesse sentido. “O governo participa, mas algumas pautas o setor produtivo tem de encontrar a solução sozinho para realmente poder resolver os problemas”, disse o presidente da Câmara Setorial, porém, ressaltando a condução do processo pelo governo. “O apoio da Semagro é fundamental para podermos trabalhar e desafogar o produtor, que muitas vezes tem dificuldade de entrar no negócio, comercializar.” Moacir Reis citou alguns entraves de curto prazo que precisam ser resolvidos. “Por exemplo, hoje não temos um preço para a madeira de eucalipto definido no Estado. A gente vai poder dar referência para o produtor sobre entidades que já estão no mercado para poder definir alguns assuntos que são polêmicos. Incêndios florestais, o Estado não tem estrutura para poder combater incêndio, as empresas têm alguma dificuldade nisso.” Heveicultura é promessa na geração de emprego O superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semagro, Rogério Beretta, salientou o potencial gerador de empregos da produção de borracha, uma atividade nova no Estado, mas que tem crescido rápido. “Cada trabalhador consegue cuidar de 3 a 5 hectares de seringal. Já temos 21 mil hectares plantados, o que demanda entre 5 e 6 mil trabalhadores, e não temos esse pessoal qualificado”, apontou. As Câmaras Setoriais foram instituídas como uma estratégia essencial na gestão de cadeias produtivas e coordenação dos programas da Semagro, como fórum de apoio no direcionamento e na operacionalização das ações desenvolvidas, proporcionando um processo de articulação e integração institucional, visando parcerias na elaboração e execução de projetos e ações de interesse do setor. Estão em plena atividade as Câmaras Setoriais Consultivas da Avicultura e Estrutiocultura, da Suinocultura, da Ovinocaprinocultura, da Apicultura, da Bovinocultura de Leite, da Horticultura, da Bovinocultura e Bubalinocultura, da Cadeia Produtiva Mineral e, agora, a Câmara Setorial de Floresta.  

Correio do Estado






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